quinta-feira, 27 de setembro de 2007

SISTEMA BICAMERAL OU UNICAMERAL?


Acompanhando freqüentemente, pela TV Cãmara e TV Senado, as discussões e "votações" que afetam a vida dos brasileiros, cheguei a várias conclusões, como advogada e cidadã.Entre elas, a de que aproximadamente 90% dos que lá estão, NÃO DEVERIAM ESTAR.
De volta a discussão da proposta para "FECHAR O SENADO", justamente num momento social de revolta contra aquela Instituição que, por acordo entre o PT e seus aliados, colocou RENAN CALHEIROS na presidência da Casa, para lá "administrar" os interesses de votações governistas, num verdadeiro DESATRE NACIONAL.
Me pergunto: POR QUE O SENADO (que tem apenas 81 Senadores) e, por que não a CÂMARA, que tem quase 600 "representantes", do -ou contra- o povo?

Sem dúvida nenhuma, apesar de alguns Senadores "pouco ilustrados" e risíveis, que usam deficientemente a língua pátria, a maioria dos Senadores é composta de políticos experientes e mais "matreiros" a ponto de saberem até onde podem ir, conhecedores que são- das conseqüências de seus atos, até mesmo por que são poucos, numericamente falando, e mais observados.
Já na Câmara, os Deputados Federais, numerosíssimos, se "perdem na multidão", se dissolvem em suas identidades, e pouco se importam com seus votos que -sabem- logo serão esquecidos pelo povo, naquela "balbúrdia" brasiliana.

Há algum tempo o Senador Álvaro Dias, político sério e reconhecidamente um dos melhores Governadores do Paraná, propôs a "DIMINUIÇÃO" DO NÚMERO DE PARLAMENTARES.

Só que esta proposta não foi devidamente divulgada pela Imprensa, como efetivamente mereceria. Se o fosse, certamente teria mobilizado a opinião pública que já não suporta mais tanta bandalheira e gastos com os impostos arrancados de um povo, já bastante empobrecido, para "financiar" legisladores que não nos interessam.
As perguntas que não querem calar são:
1.DE QUANTOS "PARLAMENTARES" PRECISAMOS?
2.QUE TIPO DE POLÍTICO NECESSITA O BRASIL?
3. COMO EVITAR A "ENGAMBELAÇÃO" ELEITOREIRA NAS VÉSPERAS DA ELEIÇÕES?
4. QUE FERRAMENTAS TEM O POVO PARA "CASSAR" SEUS MANDATOS?

As respostas são muito simples, como tudo que de tão claro, parece absurdo:

NÃO PRECISAMOS DE NÚMERO NO PARLAMENTO. PRECISAMOS DE "QUALIDADE".
Esta estória de "proporcionalidade numérica" para estados menores e maiores, foi criada por eles mesmos, para aumentar seu próprio número!
Se cada Estado tiver 10 deputados, já teríamos 260 deles.
Número mais do que suficiente para a Câmara Federal e muito menos da metade do que hoje temos que "sustentar". Aí sim, o brasileiro se preocuparia muito mais com a "QUALIDADE" de seus representantes...No Senado, poderiam continuar os 81, com capacidade para "revisão de atos" da Câmara.

O tipo de político que o Brasil precisa, também é simples de se conhecer:
São aqueles que vivendo decentemente, se dedicaram ao seu estudo e ao preparo necessário para poder administrar as necessidades e problemas do povo brasileiro.
São aqueles cuja VIDA PREGRESSA, não sofreram máculas ou comprometimentos.
São aqueles que não têm "Telhado de Vidro" e que não suscitam polêmicas ou escândalos...

E, esta , nos leva à terceira assertiva: COMO EVITAR A "ENGAMBELAÇÃO" ELEITOREIRA NAS VÉSPERAS DA ELEIÇÕES?
Simplesmente procurando separar o "DISCURSO EMPOLGANTE" que eles fazem, da "REALIDADE ABJETA" dos atos que praticam.

A cassação de mandatos, pode se dar com base no "Estelionato Eleitoral", tão falado , mas inexistente na legislação, aliás "produzida" por eles mesmo...

Estelionato é o uso de subterfúgios e engano para conseguir proveito próprio.
Isto caracterizaria a "PRÁTICA POLÍTICA, DIFERENTE DO "DISCURSO" PRÉ-ELEITORAL.
O candidato que se elegesse com uma proposta e depois a ignorasse, poderia ser CASSADO por Induzimento à erro da população eleitora...Simples! Muito simples!

Como se vê, não é difícil melhorar nossa situação política. Até são bem fáceis e primárias, as soluções do problema.

Basta que, para tanto, o povo deixe de ser 'EMOCIONAL", para ser "RACIONAL".

Que não nos transformemos em objeto de "torcidas", como se eleição fosse jogo de futebol; não permitir que sejamos manipulados com discursos falaciosos que , sabemos, jamais não serão praticados.

Basta apenas um pouco de bom senso e responsabilidade, na hora de votar, sabendo que aquele simples ato, irá afetar sua vida e a de seu país, nos próximos anos.

E, se a tudo isso, se somar a emissão do "RECIBO DE VOTO", que o Tribunal Eleitoral NÃO FORNECE AOS ELEITORES (já que o voto é um Direito), aí, então, com a comprovação do voto dado, guardado pelo eleitor para dirimir qualquer dúvida ou "manipulação" futura, aí sim, viveremos no país que desejamos e merecemos, e não mais como pobres cidadãos desta imensa e triste Nação Usurpada!

4 comentários:

Coração de Sabedoria disse...

Elza, para mim podem e devem fechar o senado e diminuir a ~Câmera dos deputados pela metadade...o Proposta do PT para uma contituinte para reforma política é mais que váida, pois com esse ou outro governo no sistema que está hoje, ninguém governa.

ELZA A. disse...

CONCORDO EM PARTE. ACHO TUA PROPOSTA BOA, MAS CREIO QUE O "PREPARO" INTELECTUAL MELHOR E O MELHOR DESEMPENHO POLÍTICO ESTÃO NO SENADO... MAS A IDÉIA -DE DIMINUIR - É NECESSÁRIA MESMO. CHEGA DE SUSTENTAR QUASE 600 MARMANJOS, A "PÃO-DE-LÓ"!

Leandro disse...

Elza, sou a favor da redução do número de deputados e a favor da manutenção dos senadores para que haja revisão do que foi feito pelos deputados. E sou a favor também de uma reforma legislativa ampla pra que se acabe dispositivos legais para que se cometam atos ilícitos, haja vista a possibilidade de renúncia para evitar cassação.

Paulo Henrique disse...

Elza, concordo plenamente com a redução do número de deputados, entendo que facilitaria a escolha na hora do voto pois seria mais fácil analisar o trabalho de cada um. Mas, além disso é muito importante que seja chamada a atenção dos eleitores da grande importância do "VOTO" no legislativo. Percebo que as pessoas, no geral,focam somente o executivo, atribuindo os méritos e deméritos somente ao Presidente, Governador e Prefeito. Senão mudarmos essa cultura com urgência, independente do governante(do executivo) que seja eleito, em nome da governabilidade a farra do legislativo vai continuar.